sábado, 7 de agosto de 2010
Crush
quem é que nunca teve uma paixonite, uma paixão súbita, uma paixão que parece vir sem passagem de volta? eu que o diga. sempre me apaixonei. até quando não tava apaixonada, pensava que tava. já fiz cada coisa maluca por conta disso. e nunca, (in)felizmente, deram certo. já tive uma dessas bem duradouras, as outras nem tanto. era coisa de duas ou três semanas, com direito a apelidos e desenhos de coração na agenda. como eu me sentia feliz escrevendo meu nome e o sobrenome da paixão. mudei de sobrenome como quem muda de roupa. hoje só sou eu mesmo. sem sobrenome, ou melhor, com o meu sobrenome e pronto. mas uma dessas, um dia qualquer, me pegou de jeito. eu tava desatenta, desprevinida e então chegou. pediu abrigo, se hospedou e demorou a ir embora. fazia barulho dia e noite, sem parar. por conta disso fiquei dias e dias enjoada, sem fome, cheia de 'borboletas no estômago'. mas no fundo, o barulho não era tão irritante e o silêncio seria mil vezes pior. mas um dia, a paixão resolveu ir embora e levou alguém. alguém que ela tinha conhecido por aí, enquanto estava hospedada em mim. alguém que não era eu. deu pra sobreviver sem mais esse hópede. depois de algum tempo, fui surpreendida por ela, a paixão, querendo voltar e se hospedar de novo. mas já era tarde. eu tinha fechado pra balanço e demoraria pra abrir novamente. então ela foi embora definitivamente. diferente do que eu pensei (muitas vezes!), sobrevivi. to viva e me aprontando pra viver tudo de novo. sim, voltamos ao início. e eu nunca disse que esse ciclo não era vicioso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário