domingo, 29 de agosto de 2010

" Viver não é preciso".

a pior parte de estar vulnerável é se sentir vulnerável. por mais óbvio que pareça, são coisas diferentes. ando como se estivesse exposta numa vitrine. a qualquer momento tudo pode acontecer. um sim, um não. um fazer ou não fazer. sentir ou não sentir. querer ou não querer. estou despreparada para lidar com isso. não me avisaram que essa vida seria tão complicada. tão inconstante. nunca se sabe o que vem pela frente. não me deram manual e comprei sem a garantia. a vulnerabilidade traz grande probabilidade de cometer erros (não tenho problema com erros, mas não me importaria em acertar sempre!) mas isso é só um detalhe. não saber o que pode acontecer, sentir aquele medo de não conseguir e ainda assim encarar. sentir aquele frio na barriga com as surpresas que nos esperam. quer saber? no fundo, isso até nos deixa mais fortes. além do mais, assumir o risco é preciso, já que "viver não é preciso" (nem um pouco!).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

" Tudo que eu quero é viver um sonho lindo..."

certamente eu não sou a pessoa mais entendida pra falar sobre relacionamentos, mas não custa tentar. talvez o maior desejo das pessoas hoje seja, mais que amar, ser amado. músicas estão aí pra comprovar a (dura!) realidade. "Com tanta gente nesse mundo/Alguém será meu bem querer...". "Fundamental é mesmo o amor/É impossível ser feliz sozinho". "Searching all my days just to find you..." - essa, especialmente, é a minha preferida. é como eu realmente me sinto. procurando por alguém que não sei quem é. pensando se já encontrei e deixei partir sem nem saber. pensando num velho amor, ou na falta de um. tentando acabar com a carência que nos faz distorcer as coisas. devo dizer que tenho uma (pequena!) lista de requisitos. e não aconselho para quem tem (grandes!) dificuldades com relacionamentos. só piora as coisas. você não vai encontrar ninguém que se encaixe perfeitamente em tudo. há quanto tempo tenho esperado pra finalmente encontrar a tampa da minha panela. pensar em ser cumbuca destrói qualquer pessoa. nunca pensei que fosse tão difícil. todas as paixões desapareceram e agora me esforço pra pensar em alguém. estar sozinho o tempo todo só faz você odiar ainda mais o dia dos namorados. tudo é vermelho-amor, com corações e casais por todos os lugares. mas não vale a pena ficar amarga. de qualquer forma, isso não vai me trazer um namorado. pelo contrário. e se ainda posso dar conselhos: experimentar, mesmo se for pra não gostar, é uma boa idéia. como também é, se desfazer da lista de requisitos e se permitir. pensar no que os outros vão achar só é uma grande perda de tempo. enquanto isso, eles vivem, eles amam.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A lot like love.



esse é o tipo de filme que não se cansa de ver. sou completamente apaixonada por ele e não é só por causa de Ashton Kutcher. ele me lembra muita coisa boa já vivida! faz parte da minha história. muda-se as pessoas, muda-se a época e ele permanece lá, encantando. a boa notícia do dia é que consegui comprá-lo, finalmente.

sábado, 21 de agosto de 2010

Tudo o que me interessa.

gastar horas andando por um shopping, sem nenhum compromisso. não, não é exatamente isso que me interessa. mas as várias opções que só um shopping nos oferece. comidas, roupas, sapatos, cinema e claro: livros! livros me deixam louca. perco a noção, os sentidos. saio desse mundo pequeno onde todo mundo se encontra e acabo indo pra qualquer lugar. me soltem numa livraria e me esqueçam. só saio de lá no último suspiro. me envolve. me toma, me enche de euforia. não tem nada melhor que me ver cercada por estantes repletas de livros. os mais variados. me sinto à vontade. é a minha segunda casa. como livros, visto livros, calço livros, leio livros. presente? pode ser um livro (mas também roupa e sapato são bem vindos!). pra não parecer que meu interesse é limitado, música também me interessa. teatro me interessa (posso não ter o dom, mas...). dança me interessa. jornalismo me interessa. relações internacionais me interessa. moda me interessa. e tudo com o que eu me interesso, me interessa muito. gosto de mergulhar fundo, entrar de cabeça. nada raso faz minha praia. no mais, adoro me interessar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

" Tenho fases, como a lua ".

o momento agora é de não saber o que fazer. de não saber o que falar. de ter dúvidas intermináveis e de se sentir até um pouco idiota. de pensar que tudo pode dar certo e na mesma hora mudar de idéia. de pensar em esquecer o que se quer. de saber que há possibilidades (das grandes!) de se arrepender. de querer saber o que se pensa ao meu respeito. de desejar ser invisível e passar horas só observando. de entrar no meio da semana, mesmo. de querer estar no lugar de determinadas pessoas, ainda que por segundos. se o entusiasmo e excitação tomam conta uma hora, na outra o desânimo enche até a boca (e não sou bipolar!). não sei o que fazer e estou tentando buscar soluções. nada acontece. nada aparece. nada é concreto. não nasci para abstrações. posso estar fazendo tempestade num copo d'água? sim. sou um tanto dramática? sim. a maioria é e eu não estou em condições de achar que sou exceção. o que me conforta (bem pouco, é verdade!) é que tudo são fases.

domingo, 15 de agosto de 2010

Saudade

é a dor que dói mais. é uma falta que só faz crescer. incomoda. como é ruim ter alguém longe. mas às vezes tenho saudade de quem está perto. e então não sei qual é a saudade pior. é querer ter sempre do lado, e não poder. é correr pro abraço, cada vez mais apertado, ao reecontrar. é querer não desgrudar até ter que partir (de novo!). é ligar a cada minuto, só pra tentar diminuir a saudade. tudo, só paliativos. não conseguimos sanar a saudade totalmente. queria não sentí-la (e isso não é insensibilidade da minha parte!). ter saudade do que passou também dói. dói ainda mais quando não há espaço pra repetições. estou cheia de saudade. poderia dar ou emprestar. mas estou colocando à venda (o mundo permanece capitalista, mesmo com tanto sentimentalismo!). chega de saudade. chega de melancolia. " vamos deixar desse negócio de viver longe assim ".

domingo, 8 de agosto de 2010

à você, meu amigo online.

obrigada pela companhia. obrigada por todas as conversas até altas horas, quando não me deixava sair mesmo eu estando com o sono do mundo. obrigada por me fazer rir. por chamar minha atenção quando demorava pra responder. obrigada por estar sempre disponível. nunca ocupado ou ausente. você não me deixava beirar a solidão e por isso eu sou muito grata. da minha pequena lista de amigos, você se destaca. está sempre lá. às vezes eu me pergunto se isso não é falta do que fazer, ou se você está tirando alguém da solidão assim como faz comigo, muitas vezes. se eu não posso te ter por perto, ao vivo e à cores, posso te encontrar do outro lado da tela (bendita seja a tecnologia!). mas eu não quero, meu caro amigo, que nossa amizade dependa de computadores, internet, orkut ou msn. isso é informal demais pra mim. quero transferir todas as nossas conversas pra um abraço apertado, pra um beijo demorado, pra risadas sem fim. quero ir na sua casa fazer uma visita, quero assistir a um filme. quando brigar com você, quero fazer as pazes apertando sua mão. quero te encontrar na roda de amigos, quero ver você. isso supõe que você não esteja online, mas não me importa. contanto que você esteja aqui, comigo, online do lado de cá da tela, eu estarei feliz.

sábado, 7 de agosto de 2010

hello stranger.

você que eu não conheço, que nunca vi o rosto, os detalhes. não sei do que você gosta, não sei onde mora, não sei o que faz. você que passou por mim e que não pude reconhecer. você que deve me encontrar, pra acertarmos os ponteiros, pra conversarmos, pra saber mais um do outro. pra que você possa completar minhas frases. suponho que eu caiba direitinho em você. vamos nos dar bem, acredite. nós estávamos só esperando esse encontro. depois vamos falar de cinema, de música, vamos tomar sorvete e comer pizza, porque nós gostamos. eu vou querer ficar em casa em alguns fins de semana, mas eu sei que você vai querer sair. vamos entrar em consenso e cada fim de semana vai ser diferente. vamos brigar, certamente. mas isso não quer dizer que nós não vamos dar certo. você que deixou uma mensagem no meu celular, teoricamente somos sortudos. te procurei muitas vezes, todas em vão. não era você da primeira vez. não era da segunda. nem na terceira ou quarta. você me achou, quando eu já estava desinteressada. devo dizer, obrigada? eu já não tinha esperanças. você é engraçado, companheiro, e eu te admiro por ser quem é, mesmo sem te conhecer (ainda!). sua voz é a mais doce música que alguém pode escutar. seus olhos, dizem mais do que qualquer palavra. isso só sente quem te conhece. eu quero poder dividir isso com você, stranger. Não demore. estou esperando há muito tempo. tenho certeza de que quando você chegar, eu vou saber.

Crush

quem é que nunca teve uma paixonite, uma paixão súbita, uma paixão que parece vir sem passagem de volta? eu que o diga. sempre me apaixonei. até quando não tava apaixonada, pensava que tava. já fiz cada coisa maluca por conta disso. e nunca, (in)felizmente, deram certo. já tive uma dessas bem duradouras, as outras nem tanto. era coisa de duas ou três semanas, com direito a apelidos e desenhos de coração na agenda. como eu me sentia feliz escrevendo meu nome e o sobrenome da paixão. mudei de sobrenome como quem muda de roupa. hoje só sou eu mesmo. sem sobrenome, ou melhor, com o meu sobrenome e pronto. mas uma dessas, um dia qualquer, me pegou de jeito. eu tava desatenta, desprevinida e então chegou. pediu abrigo, se hospedou e demorou a ir embora. fazia barulho dia e noite, sem parar. por conta disso fiquei dias e dias enjoada, sem fome, cheia de 'borboletas no estômago'. mas no fundo, o barulho não era tão irritante e o silêncio seria mil vezes pior. mas um dia, a paixão resolveu ir embora e levou alguém. alguém que ela tinha conhecido por aí, enquanto estava hospedada em mim. alguém que não era eu. deu pra sobreviver sem mais esse hópede. depois de algum tempo, fui surpreendida por ela, a paixão, querendo voltar e se hospedar de novo. mas já era tarde. eu tinha fechado pra balanço e demoraria pra abrir novamente. então ela foi embora definitivamente. diferente do que eu pensei (muitas vezes!), sobrevivi. to viva e me aprontando pra viver tudo de novo. sim, voltamos ao início. e eu nunca disse que esse ciclo não era vicioso.

aos melhores, aos amigos.

De já-ouvi-falar para conhecido, de conhecido para amigo, de amigo para melhor amigo (ou não!). conhecidos tenho muitos, amigos tenho alguns, melhores amigos já se contam a dedo. escrevo agora para estes. meus queridos e melhores amigos. quero dizer o quanto sou grata por cada um de vocês, pela nossa amizade, pela nossa afinidade. por me completarem e fazerem de mim uma pessoa melhor a cada dia. vocês são a parte de mim sem a qual eu não seria. todos estão bem guardados no meu coração e todo dia faço uma limpeza geral pra que não fiquem empoeirados. não esqueço de nenhum. sempre que posso, repito o velho e bom 'eu te amo', mas se passar um dia e eu não disser, não fiquem preocupados. é o velho amor, ainda e sempre! obrigada por todos os risos, todas as festas surpresas, todos os choros, todas as viagens, todas as idas atrás de pousadas, todas as reuniões, todas as decisões, todos os segredos, todas as piadas internas, todos os abraços, todos os vídeos, todos os ciúmes. Isso faz parte dessa grande amizade que existe. Nós, meus melhores amigos, somos prova do cuidado de Deus. amo cada um de um jeito que transborda. hoje, vocês passam de melhores amigos para irmãos. eu tenho um pedido pra fazer. é do mais profundo do coração: não se percam de mim. nunca! ainda temos, juntos, essa vida toda de amizade.

meu maior presente, sejam sempre.