“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
E pare de ser cruel também!
quarta-feira, 13 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
O retorno é sempre melhor!
Até ontem eu dizia que uma das coisas que eu amava fazer era escrever. E eu nunca mais escrevi. Talvez eu tenha deixado de amar. Talvez seja só uma falta de tempo ou de criatividade. Mas eu voltei. Voltei porque senti meu coração aquecer depois de muito tempo adormecido. É uma pena que eu seja tão sentimentalista. Criei uma barreira pra me proteger dos casos de "amor" mal sucedidos e isso acabou fazendo com que eu esfriasse. Esqueci como era sentir "frio na barriga", comer quase sem fome, chegar às 2h da manhã e não ter sono. Mas não pense que isso é amor. Amor é muito mais. Amor é coisa que não se explica. E eu ainda não encontrei. Isso é só um sentimento qualquer que faz você se sentir viva. Faz você voltar a acreditar que ainda há nesse mundo algum tipo de atração mais forte que você, que te move, que te impulsiona. O arrepio de um novo encontro. E o "pra sempre" não entra nessa história. "pra sempre" é futuro e eu não sei absolutamente nada do futuro. É só o momento. Aquele que você pode guardar e talvez compartilhar depois. Por enquanto vou vivendo entusiasmada com o que está por vir. E talvez um dia eu me recorde.
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